segunda-feira, 11 de julho de 2011

PORQUE ALGUÉM É "EX"-ALGUMA COISA? EU HEIN!

EX?  POR QUÊ?
 Por: Silvânia Santos.
Chamamos todos aqueles que passam por nossas vidas de “ex alguma coisa”. Temos ex namorado, ex amante, ex colega, ex sogra, ex chefe, ex amigo...
Mas porque ex? Passaram por nossas vidas e deixaram marcas que nos ajudara a trilhar nossa existência E por isso deixam marcas.  Profundo isso, não?
Me peguei filosofando porque ontem reencontrei uma ex-amiga, termo estranho, no entanto, muito comum nos dias atuais. E, apesar de ex, a “criatura” veio me cumprimentar com um abraço de quem se esqueceu dos estranhamentos do nosso  passado.
Nos conhecemos na faculdade e acabamos em belos sopapos (eu apanhei mais do que tudo) por causa de um mal entendido a respeito de um namorado “dela” e amigo de um futuro pretendente “meu”.
 Por causa deste desentendimento ou ruído informativo – vulgarmente conhecido como fofoca, Melissa, que vivia me contando confidencias (sem jamais ouvir as minhas, pois falava descontrolada mente, emendando um assunto no outro), simplesmente me atirou numa lata de lixo no corredor, perto da cantina. Num reflexo lancei o que pude encontrar para me defender e era uma lata de condimentos aberta, o que rendeu a Melissa um corte profundo no supercílio e a mim um convite a freqüentar outra faculdade.
 Como podem notar, não foi um acontecimento tão casual, mas Melissa me cumprimentou como se fossemos íntimas e todo período entre a fofoca, a briga tivesse sido apagado de sua mente.
Não pude conter o estranhamento e o desejo súbito de questionar o motivo daquele estranho “perdão”. Fiquei apenas no questionamento. Deixei Melissa ir embora, com um sorriso, sem cicatrizes (será que fez plástica?) e fiquei sozinha com aquela sensação estranha de quem foi atropelada, não sofreu danos físicos, mas não sabe bem o que ocorreu.  Perdão. Estranho!!! Quem perdoou quem?
Sugiro que nos dias atuais ninguém chame ninguém de ex. Vamos usar outra palavra, ou nos referir a pessoa por aquilo de bom que ela nos deixou. Não deixou nada de bom? Não seja tolo? No mínimo aprendemos o que não ser, e isto ajudou na formação humana que temos hoje.
 Vamos escolher outro nome, para não correr o risco de ficar com aquela cara “de bobo” que fiquei ao encontrar quem eu julgava ex amiga e passar pelo vexame de não ser mais ex.
 Abolirei o termo ex de minha vida. Usarei a palavra... A palavra... A palavra... Ainda não sei...
Até agora não sei  a palavra que vou usar nem sei se fui perdoada ou esquecida. Mas gostei da sensação de não ser apenas “um passado” na vida de ninguém.

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