segunda-feira, 23 de julho de 2012

Ser mãe é o quê?

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Ser mãe é o quê?

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Ser mãe é o quê?
Ser mãe é entrar em um novo universo e nos leva a questionar até que ponto não criamos uma fantasia em torno do momento. Não, o texto de hoje não é uma crítica, mas um reflexão, principalmente quanto à maternidade conjugada com os desafios do casamento e da convivência entre homens e mulheres. Por Silvânia Santos.


Quem disse que ser mãe é um privilégio dos deuses é doido! Doido de pedra!
Mas não me atirem as tais pedras.
Amo infinitamente ser mãe, mas o caso é o marido, progenitor, pai, sei lá!
Aguentar um ser que você também ama te acusando por tudo que não acha legal no tesouro da sua vida e tomando pra si somente os louros da beldade, é uma brincadeira bem boba, não concorda?
Para explicar melhor, achei por bem exemplificar: o dito pai culpa a mãe porque o adorado filho não gosta de tudo que ele gosta, como futebol ou algo assim e pronto! Confusão armada! A mãe é culpada por aquele motivo que ela nem compreende direito. Na verdade nem ele sabe.
O pai só sabe que o filho não é perfeito! Isso nós mães já deduzimos há muito tempo.
O pai também descobre o ciúme, mas não sabe que é esse o nome que se dá ao sentimento que resulta na ação de não compreender que o filho é um grude só com a mãe e prefere a companhia dela em vez do pai, porém, naquela fase da vida. Nós mães também já sabemos disso! Sabemos que tudo passa!
Mas o pai não sabe, ele descobre dolorosamente que a mãe é o centro do universo do filho e em determinado instante e se comunica com essa deusa ( gosto disso) como se o pai não existisse. Rrsrsrs!
Aí então a confusão na cabeça torpe daquele homem aumenta e ele surta! Diz coisas que não quer dizer dizer, fala pelos cotovelos e ainda assim é perdoado pela mulher que, falsamente calma, vai dizer para que ele esfrie a cabeça e reflita!
Ledo engano daquele tolo que se arrepende no dia seguinte e vem todo cabisbaixo dizer que ama o filho e a mãe! Tolinho! A esse altura a mãe já é uma leoa ardilosa esperando o retorno do macho pacato, mas desta vez para defender seu filhote a todo custo e dizer em alto e bom tom!
Está pensando que ser mãe são flores? E que filho é só prazer e alegria? Você não sabe que ser mãe é passar noites em claro, abrir mão de muitas vaidades, vontades e vivências. Você não sabe que ser mãe é aturar chatices de parentes, teimosia de filho e pai infantilizado. Ser mãe é ser de aço, de pena, de ouro e de lata. Você não sabe o que é rezar dias e dias para que a vida de seu filho seja melhor que a sua sempre. Ser mãe, seu ingrato, não é um privilégio dos deuses! Ser mãe é uma dávida, uma responsabilidade imensa de dar bronca, de levar consigo o amor e a vida de outro ser em seu ventre e suas mãos… Ser mãe é levar pedradas… Tenta ser mãe meu bem! Depois vem!

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Linguinha solta!

Por Silvânia Santos 



Sil não era deselegante por natureza! Era daquelas que sabem se vestir mas nem sempre se comportar. Ela tinha mesmo era uma línguinha solta. Falava da vida com qualquer colega fofoqueira e em qualquer lugar. E morava em cidade pequena “ Santo Ambrósio de Bogotá”.

Certa vez comentou com uma amiga que sonhara com o marido deitado ao lado de outro homem! Pronto! Comentou no banheiro do curso de bordado, que espero ela sair para dizer em tom maldoso que o fato era uma verdade e esta comentou para outra que contou para um amigo que comentou sob sigilo absoluto na mesa do bar com meia dúzia de amigos num dia de jogo do flamengo. Então foi assim, em menos de uma semana a cidade toda já “sabia” que a Sil havia confessado que pegar o marido com outro e que não se separara por medo da divulgação do absurdo!

Ao saber do fato ( e foi o último, como sempre!), o marido colocou Sil contra a parede e ela deselegantemente mentiu que jamais comentara tal desventura caluniosa! Na verdade, Sil não comentara desta forma e se esquecera completamente do tal sonho. O marido estava fulo da vida e com a moral abalada na cidade, mas deixou passar em brancas nuvens porque amava a esposa e acreditava nela acima de tudo. Jurou vingança se soubesse quem deu vazão a tal calúnia.

Sil, no entanto, não se conteve, foi correndo contar a algumas amigas que o marido estava nervoso com uma fofoca feita colocando-o em situação embaraçosa , mas não quis explicar nada , só disse que a coisa iria “feder” e como cada uma entende de um jeito... surgiu mais uma história. Desta vez a conversa que se espalhou é a de que o marido de Sil havia sido traído pelo amante que supostamente espalhou o caso para provocar a separação e o marido jurou vingança.

Para desespero da população feminina, ninguém sabia quem era o amante, então, teoricamente todos eram suspeitos de uma situação que nem havia ocorrido. Mulheres vigiando maridos e filhos, pais vigiando mulheres, porque daí em diante ninguém tinha mais certeza de se o amante era homem ou mulher. E o marido de Sil já estava sob a mira da poliíia por ser capaz de um crime passional.

Exagero? É porque vocês não moram em cidade pequena como eu. A boca maldita em cidade de 2000 habitantes é semelhante á notícia no facebook,  ou seja, em cinco minutos não há quem não tenha ouvido pelos almenos o ruído!

Nesta altura da situação o marido de Sil não tinha sossego e a “ coitada” só espalhava a conversa sem querer . Até o presente trecho o leitor deve estar sem entender com ela poderia ser culpada por tamanha fofoca que se espalhou desordenadamente. Tá bem ! Nem toda culpa é dela, mas cuidado e canja de galinha nunca fez mal a ninguém. E terminem de ler antes de julgarem alguma coisa tá!

Passado um ano do ocorrido e nenhum crime cometido, o fato perdeu a intensidade e pouco se comentava, Sil passou um tempo meio isolada das amigas pelo fato do marido ser quase um criminoso e etc e tal. Mas quem é boca grande não degenera e Sil resolveu comentar em um grupinho de bordado inocentemente que o marido estava bem mais tranquilo e que andou uns tempos até meio sem vontade de fazer sexo. Pronto! Mais um prato cheio de conversa que aumentou a tal ponto de que no final do assunto já se comentava que o amante voltara e que Sil e o marido estavam vivendo em separação de corpos. Só que desta vez o marido não deixou passar foi escarafunchando até que descobriu que o início do assunto saíra da boca da amada , ou melhor, da língua da esposa! Bom marido que era chamou Sil para uma conversa , mas cometeu um erro grave, ligou pra ela de manhã avisando que teriam uma conversa muito séria à noite.

E Sil, como sempre, comentou com as amigas que já estavam no clima de dizer que a separação total ocorreria aquele dia!

Em alguns minutos o papo já havia chegado até a esposa de um colega do marido de Sil que ligou para ele avisando que ela planejara pedir o divórcio naquela noite!

Hã? Como assim?

É o que o leitor esta pensando agora (Eu acho)! 
Pois é amigos! Quando a noite chegou ela já estava tensa com a conversa e o marido nervoso por saber do divórcio pelos outros!

Resultado. Ele chegou gritando e ela revidou... Bate boca em altas horas e até hoje não se sabe ao certo o que foi dito, só se ouviu que “então está tudo acabado pra você?”  e existem os que garantem que se ouviu um baque surdo ( daqueles incompreendíveis) .

O marido de Sil garante que nada aconteceu e que eles vivem bem , que ela agora é uma esposa discreta e coisa e tal . Mas a verdade é que fazem, 10 anos que ninguém vê a Sil. Uns dizem que ela morreu ( de tiro ou pancada), outros dizem que o marido cortou a língua dela com uma machada.

Eu confesso que não sei.

O que? Os senhores e as senhoras estão bravos porque não sabem o que ocorreu de verdade ou acham que eu inventei?

Credo! Que deselegante duvidar dos outros! Acho que ainda é pior do que se interessar e falar da vida alheia!

Falei!



segunda-feira, 16 de julho de 2012

Pão com tai !




Por Silvânia Santos

 Mais uma de pão eu sei, mas pobre come pão todo dia e temos que ser criativos, não é?
E aposto o quanto com vocês que pouca gente sabe o que é isso mas muitos já comeram em algum momento da vida o pão com tai.
É e assim mesmo que se escreve, pão com tai sem acento.
Quando um aluno meu me disse que na casa dele só tinha pão com tai, fiquei maluca em saber o que era, que gosto tinha se era bom e outras curiosidades. Resultado. Ele riu na minha cara ( engraçado como isso acontece muito comigo) e foi categórico:
___ Amanhã te falo! E saiu rindo muito, muito mesmo!
O amanhã chegou e passaram-se muitos amanhãs onde eu ficava imaginado como seria o tal pão.
Imaginei que seria alguma carne tailandesa ( isso existe?), ou um molho ou uma gozação com a palavra, fiquei ´té surtando se não seria um pão ligth tipo tai chi chuan, sei lá, imaginei tudo que minha curiosidade permitiu e mais algumas besteiras.
Procurei na internet e não achei nada... nadinha!
Após semanas enlouquecendo aos poucos, acho que o garoto já tinha até esquecido o tal pão. E para ser sincera eu não tive coragem de perguntar tantas vezes assim porque em todos os momentosque eu me referia a tal iguaria o rapaz ria descontroladamente.
Mas a curiosiade venceu a vergonha e fui admitir enfática a minha ignorancia perante ao prato exótico:
___ Fala logo  que é pão com tai meu filho!
___ Pão com tai dona (detesto ser chamada de dona) é pão duro sem nada dentro, ou seja, pega-se o pão e bate nele rápido e preciso (literalmente) num forte "tai" e você come assim sem nada , coisa de quem está com fome  e som tem aquilo mesmo ( mais risos). Ah! E você pode comer acompanhado de Kisuco de 10! ( muitos risos).
Pasmei, entre a graça e a decepção! Pelo almenos de uma coisa me safei... Kisuco de 10 em conheço e já tomei muito.
Mas como já passei muia vergonha neste texto...e não vou contar...lálálá!

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Amassada, pisada e babada !


Por Silvânia Santos

 São 6 horas da tarde, se preferirem 18 horas.
Tanto faz.
A questão que meu onibus está chegando no ponto lotado.
Acho que estou com sorte.
 Me enganei.
Puta que pariu! Desculpem, mas é que a fila mais parece briga de gangue de filme americano,  a moça com dois bebes no colo ( gêmeos) pisou no pé, um deles arrotou e cuspiu o que parece maçã de ontem na minha blusa nova, tem gente me empurrando, bulinado, cafungando, apertando e batendo em todo mundo,  isto porque eu estou atrás de umas 10 pessoas e quando chega a minha vez de entrar no onibus, ele já está atolado, eu já estou cateada de tanto ouvir e destribuir ao mundo palavrões quando o motorista grita pra mim:
__ Volta moçinha ! Desce do degrau! Não cabe mais ninguém!
__ Ah Tá bom! Valeu pelo moçinha mas é ruim de voltar heim! Moro no ponto final e tenho filho pequeno! Vou neste onibus nem que seja agarrada no retrovisor...
Enpurro aqui, aperto ali e consigo entrar no onibus alguns minutos e mil chingamentos depois. Mais 2 camaradas que vinham atrás de mim ainda conseguem. Na verdade, estou tecnicamente no pára-brisa pelo lado de dentro, amassada, pisada e babada.
 Pergunto porque o onibus veio mais cedo ( o horário correto é 18:12hs)  e fico com cara de tacho quando o debochado do motorista  fala em alto e bom tom rindo muito da minha cara que " aquele" era o onibus de 16: 40hs bem atrasado boba. Parei de falar toda sem graça e muito brava.
Saculeja, empurra mais, mais pisões e vinte minutos depois percebo algo estranho. Não tem ninguém conhecido para o ponto final.
Observo, já nervosa e não reconheço o lugar. Pergunto que onibus é aquele e faço uma triste constatação.
Peguei o onibus errado!
Ninguém mereçe!

terça-feira, 10 de julho de 2012

Oh terra boa pra plantar mandioca!



 por Silvânia Santos


Passando pela rua ouvi a seguinte história que vale a pena contar! Passa uma mulher daquelas tipo G e gostosa quando um camarada abusado diz cheio de si:__Oh terra boa pra plantar mandioca!
Ela riu! A amiga que estava do lado completou: __Você tem é uma fazenda mesmo! ( referindo-se ao tamanho da abundância) Confessou depois que até gostou!
Quando relembrei história também tive que rir da audácia e da falta de decoro da criaturas envolvidas na questão. Ai que palavra estranha "decoro"!
Depois fiquei pensando e quase me deprimi de vez, porque  se ela tem uma fazenda eu que sou do tipo PP e infantil tenho o que? Um canteirinho de garrafa peti?

Ah essa não!